- Era domingo,14 de outubro de 2012.Fazia uma semana que havia perdido o meu irmão mais velho num acidente fatal a poucos quilômetros de onde ele morava.A "ficha" ainda não havia caído para mim.Aquilo não era real,não podia ser.Estive com ele minutos antes de tudo acontecer.Mas o destino,se é que realmente existe,foi irônico.Era o melhor motorista que já conheci,não se intimidava no volante,mesmo assim se foi sem ao menos despedir-se.Jamais esquecerei sua expressão pensativa,quando fomos ao hospital visitar o irmão mais novo acometido de um tumor na região da face.Ele observava o céu límpido do lado de fora da recepção como se dissesse "leve-me", não ele.Mais cedo havia comemorado seu aniversario de 41 anos.Estava feliz.Mais aquela felicidade misteriosa.De despedida.De partir o coração. Havia consumido bebida alcoólica.Conversei sobre isso com ele,mas sempre foi teimoso.Nada o continha quando decidia "beber" e ir embora.Comprou uma caixa de cerveja e disse:"Vou beber quando chegar em casa" o que deixou-me mais tranquilo.Duas horas depois soube da noticia.Entrei em choque.Não conseguia chorar,devido a angustia que percorria minhas veias.Fui para a emergência.O coração havia disparado.Só consegui chorar mesmo quando fui reconhecer o corpo no IML na segunda-feira dia 08 de outubro pela manhã.Aos poucos a igreja começava a encher.Sempre gostei de frequentar igrejas evangélicas.Sentia um bem estar,uma paz profunda.Uma identificação com Deus.Aquilo amenizava o sofrimento e preenchia o vazio deixado pela perda súbita de alguém que eu tanto gostava. derrepentemente aconteceu uma coisa estranha.Sabe quando alguém se aproxima de você para falar bem próximo?Mas tão próximo aponto de sentir o cheiro do seu hálito?Pois é.Foi o que senti.Um odor de bebida alcoólica fortissimo. Olhei para os lados achando que havia entrado algum bêbado e sentado colado em mim mas nada.O banco de ambos os lados estava vazio.Naquele momento senti uma forte presença de alguém.Chegou a incomodar-me.Levantei e fui buscar um copo com água.Quando o culto acabou comentei com minha esposa.Não sei se era coincidência mas depois de um tempo minha irmã veio para Brasilia e comentou que no momento do acidente ela estava na igreja em São Paulo e sentiu um forte odor de cigarro justamente no mesmo horário em que houve o acidente.Vale frisar que ele também fumava.Essa estoria não é fictícia é real.Fica apenas um ponto de interrogação.O que será que aconteceu realmente?O que seria essa presença que conseguia exalar um cheiro tão real quanto o ar que eu estava respirando?O que a ciência tem a declarar?Existe vida após a morte?
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